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GNOSE
Fotografias manipuladas digitalmente e estampadas em papel fotográfico Dimensões: 30cm x 50 cm (aproximadamente) Tiragem: 5 cópias cada
Haveria um Leonardo da Vinci em nossa época? Para responder a esta pergunta, precisaria saber o que é o conhecimento. Ele é constituído pela gnose dos temas e conceito correlatos a cada área do saber, e de suas relações com as outras áreas. Na época de Leonardo, havia a possibilidade de conhecer todo o saber de uma determinada área. O mundo conheceu várias figuras que alcançaram a excelência, e ainda favoreceram descobertas, em mais de uma área. Michelangelo, por exemplo, foi um excelente escultor, pintor, arquiteto, além de poeta. Leonardo, por sua vez, foi excelente pintor, experimentador e inventor em várias áreas, filósofo, anatomista.... A falta de informação era a determinante, o obstáculo do inteletual, em épocas onde os textos escritos eram de difícil circulação por causa das limitadas cópias, da distância física entre as bibliotecas, as contínuas alternanças entre guerra e paz, a censura ideológica exercida por grupos de poder (religiosos ou laicos). Hoje (e começou tudo com o invento da prensa) não há mais a possibilidade do “inteiro saber” por parte de qualquer um: a multiplicação dos conhecimentos acumulados no curso do tempo (provocados pelo humanismo e pelo iluminismo), a democratização do saber e das informações (fundamento dos sistemas de governo democrático), a multiplicação dos meios de informação (além de livros, jornais, revistas, rádio, televisão, internet...), fazem com que o valor mais alto do “sábio” seja a sua capacidade de escolha. Antes mesmo do conhecimento, qual conhecimento ele quer adquirir. Há a multiplicidade da informação que gera desorientação, mas não é só isto: por mais que alguém queira conhecer TUDO de uma determinada área (pensamos nos médicos especialistas, nos grandes engenheiros, ou nos gênios da execução musical) estará sujeito a se tornar cada vez mais ignorante em todas as outras! As obras tratarão desta questão tentando mostrar a Babilônia do conhecimento através da multiplicação das fontes. Quantidade, como se diz, nem sempre é qualidade! A luz e a sombra se entrelaçam (gnose e ignorância) e dançam juntas em uma rede de cores e formas indistinguíveis (as notícias e os saberes de todo tipo).
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